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Roberto Silva: Creio que se deva, sobretudo, ao facto do Benfica ter ganho poucos campeonatos nos últimos 20 anos e quando se vê numa situação de vantagem sobre o candidato directo, tem dificuldade em manter a tranquilidade interior e exterior necessária, contrariamente ao Porto. Em todo o caso, qualquer equipa no lugar do Benfica, após a vitória contra o Marítimo, festejando exuberantemente ou de forma discreta, ficaria com o sentimento de que o título já estava garantido, não por o Estoril e o Moreirense serem favas contadas, mas por serem jogos em casa sem um grau de dificuldade muito elevado. Não tenho tido muita disponibilidade para acompanhar o campeonato, por isso, não sei se o Porto tem jogado de forma inconstante, mas não deve ter havido muitos campeonatos em que tenha feito tantos pontos como neste. Ah, para terminar, na sequência do que disse inicialmente, o Porto ganhando hoje, vence também o Paços. É limpinho, como diria alguém.
como formulação de um acto de fé... não está mal! hehehe faltam duas partes, na comédia que temsido este campeonato, hoje já será apresentada uma delas (vai ser "tragédia" para um deles!)... que vença o... que fizer menos erros!!
Undertaker.: Quem viu os festejos do treinador, jogadores e adeptos contra o Marítimo - não estavam a festejar uma vitória, estavam a festejar um título - já previa que ia dar nisto.
Mas o mais ridículo disto tudo é que, da forma inconstante que o Porto está a jogar, com um pouco de jeito ganha ao Benfica e perde o título com o Paços...
Roberto Silva: Do que vi, pareceu-me uma equipa bastante imatura para encarar a pressão do campeonato. Davam tudo contra o Estoril, punham as reservas no Dragão, de modo a terem a equipa na máxima força para a final da Liga Europa, e voltavam a dar tudo contra o Moreirense.. Tão simples quanto isto. Apesar do Benfica estar na final da Liga Europa, achava que seria muito complicado o Benfica sair vencedor com o Chelsea, mas dada a diferença pontual, o Benfica poderia dar-se ao luxo de poupar jogadores no jogo com o Porto. Agora, não pode poupar ninguém, arrisca-se seriamente a perder o jogo e o campeonato, e a ir para a final da Liga Europa com a equipa esgotada e sem moral nenhuma. Que amadorismo.
Basta ires a Torneios --> e onde está "Todos os tipos de prémios" alteras para "prémio livre".
Neste momento, há alguns em fase de inscrição: um de Pente, outro de Gamão e outro de Luta de Cavalos.
Olhando para os participantes já inscritos, se tiveres intenções de ganhar, talvez não seja a melhor ideia optares pelo Pente, mas já os outros dois, porque não. :) O de gamão começa em menos de 1 mês.
Gabriel Almeida: ainda não me esqueço é do outro que perdi na final, quando estava em vantagem, por time out... Não estava por cá e não tive possibilidades de aceder... :(
Undertaker.: sim... Os patriotismos primários e irracionais são uma terra fértil para populismos e outros "desgovernos". Como Fernando pessoa, a minha pátria tb é a minha língua portuguesa. E as minhas heranças culturais, as minas relações... Muito mais que uma lina traçada no mapa, ou mesmo uma bandeira.
Nuno Reis: Há uns bons tempos, nem sei se não terá sido no perfil de alguém do BK, vi uma uma frase que expressava bem o meu ponto de vista. Era algo do tipo "quando a humanidade for uma nação, então eu serei um patriota". Os nórdicos são, para mim, o povo que melhor interioriza esta ideia. Talvez precisamente por serem menos emotivos e mais calculistas, conseguem ter uma percepção a longo prazo do que será melhor para eles.
Quando era pequeno fui anti-Espanha como qualquer português que se preze e hoje em dia trabalho para espanhóis com muito gosto. Dou-me muito bem com espahóis de todos os lados (em especial galegos e catalães) apesar de continuar a dizer que não gosto de espanhóis no geral.
Acho que a Espanha actual não funciona por interesses individuais e esses tanto são do governo central como das autonomias.
Um referendo sobre o tema levaria à vitória da independência pois o bom senso não funciona em assuntos tão emotivos e mesmo que só houvesse campanha pelo não, o boca em boca faria muita força pelo sim, ignorando as vantagens da união.
Num dia em que Espanha funcione como um todo de várias regiões não vejo nada de mal numa Ibéria. Desde que haja uma rotatividade governamental como vemos na ONU, UE e outras organizaçães. Pode funcionar. A Suíça fá-lo para a presidência rodar pelo cantões. Mas nessa altura espero que toda a Europa consiga dispensar essas camadas inúteis de governação intermédia.
Desculpem o texto longo e que obriga a pensar na hora de dormir
Gabriel Almeida: Claro. A liberdade é conceder o poder de decisão ao povo, e o referendo parece-me, neste caso, a melhor forma de o fazer. Olha, já somos 2 a não nutrir desagrado pela Ibéria e passaríamos a ser o 2º maior país Europeu, a seguir à Ucrânia (e excluindo a Rússia da lista, que considero um país asiático). Até mesmo a federalização da União Europeia não me desagrada. Tal como está, não anda nem desanda. Se é para ser uma União, então que o seja como deve ser.
Undertaker.: Sim as razões económicas são determinantes... e o orgulho comum a todo o povo espanhol, mas que o faz ainda mais "umbiguista". Repara tb que as "chamas independentistas" estão associadas às linguas "nõ castelhanas" do país. O "Euskera", o Galego, o Catalão e até o Valenciano (pois, os de Valência tb querem independência, alguns). Mas será só um pretexto? Ou talvez uma reacção ao facto de terem vivido um longo periodo (em particular, com o Franco) de "imposição de Madrid e do Castelhano". Creio contudo que nenhum dos casos é tãogenuíno como o caso Basco. E não me refiro a ETA's e afins (muito mal vista pelas pessoas comuns, no País Basco). Refiro-me ao "basco profundo", o velhote na tasca que teve que falar em Euskera às escondidas, que ostenta a bandeira basca com orgulho, que usa a boina mais para marcar uma identidade do que para proteger a moleirinha...
Eu concordo contigo, acho que o mais importante é manter as referências culturais, mas que devem aproveitar os ganhos de escala a outros níveis (económico, politico, militar até, comercial...). Eu nem via com maus olhos uma "Ibéria" como a supostamente apregoada pelo saramago.
Mas é a tal coisa... se os bascos quisessem a independência, acho que teriam todo o direito a ela. Lingua própria e secular, fronteiras rigidamente definidas há muitos séculos, cultura com algumas influencias distinas e fortes marcas regionalistas, autonomia económica...
Eu se fosse o Rei de Espanha, e contra tudo o que "Madrid" defende e aplica neste momento, fazia o referendo perguntando se sim ou não queriam a independência de Espanha. E a seguir, faria uma empenhada campanha pelo "Não"! :)
Gabriel Almeida: Quanto à sua legitimidade, sem dúvida. Aliás, já se deu independência a tantas nações, muito mais por conveniência e interesses externos do que por outra coisa, que faria todo o sentido (ou mais ainda) consenti-la ao País Basco. Possivelmente, se não tivesse acontecido o 1 de Dezembro de 1640 e hoje fosse Espanhol, com certeza teria maior noção do sentimento basco. Contudo, num mundo extremamente globalizado como o de hoje, em que as políticas são tomadas numa perspectiva de desenvolvimento regional, se fala na federalização da União Europeia, e sendo a Espanha um país democrático e respeitador de tradições, não faz para mim tanto sentido evocar-se a independência como faria se vivessem numa ditadura e se o seu povo fosse maltratado, como aconteceu aquando da ditadura de Franco.
Mas Gabriel, já agora, tira-me uma dúvida acerca deste assunto que, por certo, terás uma noção da realidade espanhola muito mais correcta que a minha. Excluindo o País Basco, pelas razões que apontaste, achas que as regiões do Norte de Espanha, como a Catalunha e a Galiza, reivindicam a independência como uma forma de negociação (como referiste) com Madrid ou mais por considerarem que teriam um nível de vida muito melhor se não tivessem de "sustentar" o Sul de Espanha, mais pobre e atrasado?
Undertaker.: Hugo, eu se fosse basco tb nao queria a independência. Mas acho que, se essa for a vontade deles, é legitima. Apresentam todos os sinais que diferenciam nações! E nao é de agora, porque eles sempre foram "um povo" e foram diferentes do resto de Espanha.
Gabriel, amigo, tou contigo!!! se reparares disse "seria engraçado levar em frente o referendo"! e não o disse para com Espanha, mas acho que a UE (mais concrectamente o Parlamento Europeu) ia ter um assunto muito giro para debater...
Gabriel Almeida: Confesso que não sou defensor da independência dos Bascos. Tendo as regiões espanholas a sua própria autonomia do governo central, creio que têm os alicerces para preservar a sua História, língua, economia, hábitos e tradições.
Tripeiro: tenho amigos na Catalunha que a referem como uma região de vendidos. Ou seja, afirmam que eles nao querem mesmo a independência, mas apenas querem mais contrapartidas. Ou seja, que os bascos pagariam pela sua independência, enquanto os catalães querem receber ela sua dependência...