Gabriel Almeida: Mas que Epopeia foi aquele jogo ontem. No final, ao relembrar os momentos chave, até me veio à cabeça os Lusíadas, com as devidas diferenças. O pequeno (Grande) Portugal contra a toda poderosa França, que ainda para mais jogava em casa, qual David contra Golias, a lesão e lágrimas do Ronaldo, a união e resiliência ainda maior do grupo, o crescer da equipa com o passar do tempo, o aparecimento do Ronaldo como "segundo treinador", o golo do mal-amado Éder, o sofrer até ao final dos 120 minutos, a crença do Fernando Santos, e isto tudo após terem sido utilizados todos os jogadores de campo ao longo da competição. Até o local da competição, tinha de ser em França, terra de emigrantes Portugueses e de francius com ar superior. E já depois de termos ganho o troféu e da Torre Eiffel não ter ficado com as cores de Portugal, um miúdo descendente de Portugueses ainda dá uma lição de fair-play e desportivismo a um francês e ao mundo. Lindo. Isto é Portugal. :)